quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Mês da Bíblia


“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés.”


Entradas de cartazes, danças litúrgicas, velas ao redor e entronizações do Lecionário, introduzem o mês de setembro, dedicado pela Igreja, às Sagradas Escrituras, como disse o salmista, “lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Salmo 119, 105). Mas será que nós, católicos, nos dedicamos à leitura da palavra de deus e nos deixamos iluminar por ela, pelo menos nestes trinta dias do ano?


Muitas vezes, nos sentimos desencorajados com determinados textos bíblicos por não conseguirmos entendê-los. Quem nunca leu uma passagem e não aprendeu quase nadado que estava escrito ali? No entanto, precisamos criar o hábito de ler, meditar e orar com o Livro Sagrado, pois só se ama ao que se conhece. Vamos conhecer a Bíblia, então?


A Bíblia é um conjunto de livros, através do qual falamos com deus e o escutamos. É o livro onde o homem interpreta o que a voz de deus quer falar. A Bíblia é, pois, a voz de Deus, e por isso é Sagrada. A Bíblia como palavra de Deus principalmente com a experiência do Êxodo, trata da história, trata da oração, da sabedoria popular, da religião, faz reflexões sobre os problemas humanos, religiosos, sociais, políticos, econômicos; faz críticas, propõe soluções, fala dos grandes gestos de heroísmos e de amor de pessoas, como também fala das franquezas, degradações, maldades e pecados dos homens. Sobretudo isso se reflete a luz da experiência com Deus. Enfim, a Bíblia é uma Palavra viva e perene porque fala do homem e de Deus.


Portanto, urge que bebamos dessa fonte de sabedoria para que a nossa fé católica seja fortalecida diante de qualquer dificuldade ou inquirição. Mas, cuidado com as falsas interpretações! Se você quiser aprofundar o estudo da palavra de Deus, existem muitos livros especializados e fáceis de serem estudados. Você pode pedir orientação a um sacerdote, a um catequista ou a outros agentes de sua comunidade.


E do Dízimo


O mês de setembro é dedicado ao Dízimo em todas as dioceses do Brasil. As mensagens preparadas ao longo do mês têm o objetivo de evangelizar através do Dízimo. O apóstolo São Paulo orienta aos cristãos de Corinto: "Poderoso é o Deus para cumular-vos de toda a espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de obra boa". (2Cor 9,8)


O Dízimo não é imposto, obrigação, taxa ou tarifa. Dízimo é antes de tudo uma devolução a Deus, uma partilha gratuita, consciente, dada de coração com sinceridade e generosidade. Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor9,7). O Dízimo é um dos meios para dizer ao Pai. Estamos aqui, Senhor para colaborar com teu Reino. Dá-nos um coração generoso e um espírito fraterno para que possamos, cada dia, entender melhor a tua Palavra.


O Dízimo tem três finalidades importantes: manutenção do culto; formação de lideranças e caridade.


A manutenção do culto significa o pagamento de água, luz, telefone, dos funcionários que zelam da Igreja e que estão à disposição dos fiéis e das comunidades, do material litúrgico usado nas celebrações, etc. Tudo o que se refere ao bom funcionamento da Igreja.


A segunda finalidade nos mostra que uma das formas de evangelização da Igreja se dá através das pastorais, movimentos e serviços eclesiais, por isso ela precisa formar os leigos para que estejam a serviço da Igreja e do Povo de Deus e para que a sua evangelização tenha eficácia.


A terceira finalidade do Dízimo é ajudar as pessoas necessitadas através das Pastorais Sociais da Igreja. São Paulo nos diz que três são as virtudes teologais: fé, esperança e caridade, no entanto a maior delas é a caridade. Por isso a evangelização da Igreja exige que ela faça também um serviço de promoção humana.


Não basta a pessoa ser dizimista ela precisa participar da comunidade, viver como um autêntico cristão na família, na Igreja e na sociedade. Ninguém compra a Deus com seu Dízimo. Dízimo é gesto de fé de quem se sente responsável pela Igreja de Cristo e quer que o Reino de Deus se torne cada dia mais real na comunidade.


Se cada fiel viver a experiência da devolução do Dízimo a Deus através da comunidade irá perceber que a Igreja não vai precisar mais realizar bailes, festas, quermesses, rifas para investir nas dimensões acima mencionadas. Enquanto a Igreja estiver fazendo festas para angariar recursos significa que muitos cristãos ainda não devolvem o seu Dízimo a Deus. E você?


Luciane Salvadori é jornalista em Sinop


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