Nesta última sexta-feira, dia 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja paroquial das Rocas rememora o gáudio que sentiu um ano atrás ao receber o Padre Ednaldo Virgílio para assumir o múnus de Pastor desta porção do rebanho de Cristo. Esta é uma data que deve ser celebrada e consagrada ao Senhor, Dono da Vinha; de lembranças da Cerimônia de Posse, grandiosa em gestos e presenças, na qual os agentes de todas as Pastorais e Organismos que compõem a Paróquia vieram prestar o obséquio da obediência, por direito merecida pelo novo Administrador Paroquial.
Aquela Celebração, carregada de sacramentais e gestos de profunda eloqüência espiritual preconizava a fartura do porvir. Um ano transcorrido e os fatos obrigam-nos a determo-nos no múnus, além das aparências! Refiro-me às reformas espirituais e comportamentais, antes em conta de inconstruídas e inconstruíveis, que ora se opera na realidade desta Paróquia. Finalmente germina nos corações a sensação de compreensão da parábola do semeador, que mais do que em produzir, preocupou-se em semear a terra, qualquer que fosse ela. É sentido um ar de desapego e de conjunto. Uma essencial valorização da Oração e do combate invisível dos males que nos cercam. Tudo isso, e ensaios de uma amigável metanóia, mediante a fé de um só Levita. Aprendemos rápido e sem preguiça o que esperar de um superior: Testemunho, Caridade e Criatividade, que também devem estar presentes em todos os leigos, porém magnanimamente nos superiores que são modelo para o povo.
Aos poucos, deixamos de ser como algumas religiões antigas, cujos fiéis voltavam-se para o Ocidente, lado do pôr do sol e das trevas, para renunciar a satanás e passamos a nos virar, lentamente, para o lado do nascer do sol e da luz a fim de gritarmos nosso Credo, o que realmente importa, a fé que da Igreja recebemos e sinceramente professamos, razão de nossa alegria em Cristo Jesus. Assim a Paróquia cresce à medida que seus indivíduos diminuem em tamanho e, agiganta-se quando todo o corpo assume a fôrma da unidade - disso nós somos testemunhas pelo que vimos acontecer!
É, então, neste ponto da escalada onde nos encontramos mais vulneráveis: É aqui onde o ar está pouco e as forças fraquejam. Precisamos fortalecer o vínculo da unidade entre nós, valorizar o que nos faz parecer com Cristo e não o que nos diferencia uns dos outros, porque aquele que orgulha-se em ser diferente não é mais perfeito que os semelhantes e sim menos forte, pois está só. Fortaleçamos ainda mais o vínculo com os Pastores da Igreja, nossos Sagrados Padres que, por fim, nos mostram o caminho para o Céu.
Este é um ano de parabéns e de aplausos ao vicariato do Padre César e à administração do Padre Ednaldo, nos quais, sabemos e provamos, podemos confiar e, de voltados para o nascente, caminhar com passos largos em direção à Luz, professando nossa fé e completando outros anos e anos, em contínuo progresso espiritual, até que Deus seja tudo em todos. Amém!
Rafael Rodrigo
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